Esta obra constitui o resultado de uma inquietação construída ao longo de anos de vivência junto a idosos institucionalizados, resultando em transformações significativas na vida da autora. Margherita de Cassia Mizan trabalhou 14 anos em uma ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos) e segue, como autônoma, atendendo este público fragilizado, totalizando mais de 20 anos de interação com idosos e cuidadores.
Este livro é resultado da sua dissertação de mestrado, defendida na PUCSP, e da sua experiência prática e teórica como psicóloga e professora convidada das especializações em Gerontologia e Cuidados Paliativos do Hospital Israelita Albert Einstein.
O aumento da população idosa trouxe consigo a longevidade e, por conseguinte, necessidades específicas e essenciais para que esta população tenha uma sobrevivência digna. Ficar mais velho, longevo, para alguns indivíduos pode significar a impossibilidade de autogestão, gerando uma dependência frente a terceiros. É possível perceber diferentes velhices que se apresentam, sendo aquela com dependência o ponto central deste livro, diz a autora, e acrescenta: as formas de existência com dependência necessitam de dispositivos de apoio que garantam uma existência satisfatória até o perecimento; o cuidador de idosos pode ser considerado um desses dispositivos, assim como as Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPIs.
Este trabalho, portanto, elegeu como cenário a ILPI e, como um de seus atores, o cuidador de idosos profissional. Buscou-se, então, explorar a relação que se estabelece entre o idoso e seu cuidador, os aspectos subjetivos desta relação, haja vista ser precisamente este profissional que garante, através dos cuidados básicos, a manutenção de uma vida digna e com qualidade para os idosos que residem em uma ILPI, produzindo uma delicada e essencial relação de cuidado.
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