Envelhecimento e Cuidados – uma chave para o viver
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Esta coletânea, feita em parceria com o Programa de Estudos Pós-Graduados em Gerontologia da PUCSP, tem o propósito de trazer à discussão um tema muito relevante e atual, que leva a pensar sobre como são necessários cuidados com corpo e mente, durante toda uma vida, para que se possa ter assegurada uma velhice mais feliz, com sustentabilidade.
Cuidados e sustentabilidade do homem e da natureza, segundo Leonardo Boff (2013), “caminham juntos, amparando-se mutuamente. Se não houver cuidados, dificilmente se alcançará uma sustentabilidade que se mantenha em médio e longo prazos. São as duas pilastras básicas, não as únicas, que vão sustentar uma necessária transformação do nosso estar na Terra”.
Cuidados, se tomado em sentido restrito, pode parecer estar somente em sintonia com três dos artigos desta coletânea, cujos títulos ostentam explicitamente esse termo. Mas quando pensamos no termo Cuidados, posto logo após o termo Envelhecimento, ambos em uma solidária justaposição nos fazem lembrar que o cuidado é condição para que o envelhecimento possa se dar de forma desejada, bem-sucedida. E a ideia de começar pelo “cuidado de si”, abrindo-se para o “cuidado do outro”, mostra como está co-presente essa irmanação (ou irmandade?) de cuidados em cada um dos artigos constituintes desta coletânea, podendo-se, assim, postular que os cuidados para o envelhecimento se situem em cada um deles.
Características do Produto: PESO: 0,360 Kg I.S.B.N.:978-85-69350-15-6 ALTURA: 23,00 cm LARGURA: 16,00 cm PROFUNDIDADE: 1,00 cm NÚMERO DE PÁGINAS: 306 IDIOMA: Português ACABAMENTO: Brochura CÓD. BARRAS: 9788569350156 ANO DA EDIÇÃO: 2018 ORGANIZADORA: Flamínia Manzano Moreira Lodovici
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Atividades, projetos e programas intergeracionais têm se multiplicado dentro e fora do Brasil desde os anos 90, a partir da percepção de que a aproximação de velhos e jovens pode se constituir como uma resposta ao distanciamento, ou até mesmo aos conflitos, entre gerações. Comumente compostas por atividades lúdicas e culturais, essas ações são voltadas para a coeducação e a solidariedade etária, mas também podem ocorrer em trabalhos voluntários e militantes, adquirindo mais fortemente um caráter político. Nesse caso, podemos ter gerações trabalhando ombro a ombro em prol da comunidade, como é o caso das comissões intergeracionais em programas comunitários, como os que ocorrem com mais frequência em países como Inglaterra e a Alemanha.
O tempo dirá sobre a eficácia de tais iniciativas. O ideal é que no futuro ações dessa natureza não sejam mais tão necessárias, na medida em que recuperarmos o vigor da vida comunitária (se o recuperarmos). As perspectivas desses programas são promissoras, ajudam a aproximar pessoas, diminuindo a desconfiança, a prevenção, o preconceito. Mas é preciso reconhecer que tais programas não são panaceias, pois não têm o poder de revolucionar as relações sociais. É preciso lembrar que as dificuldades do diálogo intergeracional devem ser compreendidas no contexto maior das relações humanas no mundo em que vivemos. Portanto, em última instância, o bom convívio entre pais e filhos, avós e netos, enfim, de velhos e moços dentro e fora de uma família, depende da transformação das estruturas econômicas e de suas superestruturas políticas. Inegavelmente, tal processo de transformação passa pela educação das novas gerações, desde a mais precoce idade.
A vivência profissional como assistente social e colaboradora do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, além da trajetória acadêmica e de pesquisadora fortemente associada aos aspectos relacionados ao envelhecimento, levaram a autora a questionar, refletir e mergulhar nas profundezas da dor na tentativa de compreender e apontar saídas para quem sofre com essa doença “invisível”.
A fibromialgia, uma dor que se instala no corpo e permanece, tem características peculiares. Acomete principalmente as mulheres. Provoca impacto negativo no cotidiano das pessoas. Compromete a capacidade de desenvolver atividades rotineiras e manter relacionamentos saudáveis. Muitas vezes afasta a pessoa do trabalho e a leva ao isolamento.
A autora revela que a dor, qualquer dor, quando não controlada, torna-se crônica e assume a forma de um “ente” que invade, toma conta do corpo e da alma de forma lenta e insidiosa, transformando o dia a dia de quem a carrega no desafio de Sísifo, aquele que leva sua dor para cima e para baixo sem esperança de cura.
Ao longo de muitos anos, atuando no mundo da moda, me dei conta – não sem espanto – da distância que separa, na atualidade, o envelhecimento e a velhice deste “mundo”. Indagava se os preconceitos, estigmas e a discriminação – tão presentes na sociedade atual, em vários âmbitos da vida daquele que envelhece – estariam ainda presentes entre nós. Perguntava como a relação moda/velhice é concebida pelos que respondem pela moda ou a criam. Foi a busca por respostas a estas indagações que me levou à publicação deste livro.
Observações assistemáticas me mostravam que temos, na moda, a reposição dos valores que ainda cultivamos sobre a velhice. Na moda, a velhice é “invisível”, inexistente. Na atualidade, jovens e adultos ocupam lugares centrais e privilegiados. Para não “cair no ridículo”, os que envelhecem devem pautar-se pelo “bom senso”, princípio básico que deve orientar as escolhas e as opções de roupas e acessórios.
Apreendida a partir do perfil demográfico e socioeconômico de nossa população, a “ausência” da velhice na moda pareceria justificar-se por si mesma; afinal, o envelhecimento da população brasileira é um fenômeno razoavelmente recente, remontando às últimas três décadas do Século XX. Até então, a presença de crianças, jovens e adultosnapopulação brasileira era expressiva.
Este livro foi escrito com base na minha trajetória pessoal, estreitamente ligada à moda. Seguem-se capítulos dedicados à história da vestimenta, sua história no Brasil, à velhice, ao envelhecimento e à minha velhice.
Este livro apresenta um corpo de conhecimentos originados das dissertações e teses orientadas pela Dra. Úrsula Karsch, querida amiga, que nos deixou muito cedo, sob meus veementes protestos. Tanto mais a contribuir! Uma partida prematura, diante da grandeza da sua obra. Ficam as memórias da profissional competente e comprometida, da pesquisadora astuta, atenta ao detalhe, inquisitiva. Da professora dedicada, exigente, mas sempre acolhedora. Da mulher cosmopolita, pioneira e na vanguarda de seu tempo. De sua presença forte e marcante. Sobretudo, ficam-me as memórias de nossa amizade. Ficam as lembranças de reuniões e projetos no Brasil e no exterior. Lembranças de seu senso de humor sofisticado, de sua sensibilidade… de seu carisma. Este grupo de pesquisadores/autores do Grupo de Pesquisa Epidemiologia do Cuidador da PUCSP, sob sua coordenação durante 15 anos, tornam seu edificante trabalho, um legado de valor inestimável na área do Envelhecimento Humano sob a perspectiva multifocal e interdisciplinar: saúde, políticas públicas, família e sociedade, humanismo e legislação, são alguns dos temas que se fazem presentes nesta obra. Parabéns, Úrsula Karsch! Fica-me a certeza do compartilhamento por tantos dos seus ideais e ideias postos nesta importante publicação.
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