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Ao contar como a DA, Doença de Alzheimer, entrou na nossa vida, garfando mamãe aos pouquinhos, compartilho com pessoas que vivem situações semelhantes a esperança de continuar suas vidas sem embarcar no bonde do desespero. Este ninguém merece. Se alguém pensa que conviver com o Alemão é fácil, divertido, engraçado, pode tirar o cavalinho da chuva, montar e galopar para ir se tratar no primeiro pinel que encontrar pelo caminho. Pronto, falei.
O Alemão, apelido pelo qual tratamos o Alzheimer, é tão assustador quanto aquele outro alemão que mesmo depois de morto e enterrado ainda nos assusta por meio de seguidores obtusos. Um sacudiu o mundo com seu horror; o outro sacode famílias ao eliminar quaisquer zonas de conforto.
Atenção, cuidado, muito cuidado, pois sem o reconhecimento e a aceitação da presença do Alemão o futuro da família se esfacela de fato. Entendo a dificuldade em aceitá-lo, a rejeição, afinal, quem em sã consciência se dispõe a acolher um alemão que entra com os dois pés na sua casa e chega mandando, impondo mudanças, ameaçando tirar o juízo de todos, não só da anfitriã ou anfitrião, chega disposto a acabar com o parco conforto familiar? A princípio, ninguém quer receberesse visitante, mas vou dizer uma coisa, acolher o Alemão não é uma opção, trata-se de uma necessidade. Como assim? Falo por experiência própria, infelizmente.
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